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10 mitos que mais adoecem as novas mães

10 mitos que mais adoecem as novas mães | Libertá Psicologia

Estamos no século XXI, era da tecnologia, da informação exagerada, onde o Google nos fornece todas as respostas possíveis e inimagináveis, onde as pessoas de todo o globo estão conectadas, onde sabemos em tempo real tudo o que acontece em qualquer lugar do planeta, mas sabemos pouco sobre a mulher que sofre de depressão em casa com um filho no colo.


São muitos os mitos que rondam a maternidade e rondam quem está doente por uma doença mental, em especial pela depressão. Imagine então lidar com os mitos de ambas as condições num momento tão lindo e delicado da vida.


Então as novas mães sofrem duas vezes: a primeira por estar deprimida em casa, sem ter um entendimento dos sintomas e tratamento adequados por um bom tempo. A segunda, por sentir medo e culpa por não conseguir seguir o mito da mãe e esposa perfeitas.


Vamos então aos 10 mitos que mais adoecem as novas mães. são eles:


1- Depressão não existe: é frescura e preguiça ou um mau humor e tristeza passageiras.


Depressão existe sim. É uma doença genética e com muitos sintomas físicos, psicológicos e cognitivos. Está classificada nos manuais de Psiquiatria internacional, como o CID 10 e o DSM V. Dentre os sintomas que mais são confundidos com preguiça é o cansaço físico, a indisposição mental, evitação cognitiva, irritabilidade, fadiga excessiva


2- "Ser mãe é padecer no paraíso": a mulher se torna mais feliz, completa e realizada na vida.


Educar um filho é uma das tarefas mais difíceis na vida de uma pessoa. Educar um ser humano é muita responsabilidade. Nem sempre educar nos deixa felizes, pois precisamos analisar as nossas más posturas, mudar, remodelar conceitos e crenças de uma vida inteira para o bem do filho. O amor por um filho é incondicional, mas um filho não realiza um pessoa plenamente e nem completamente.


3- Depressão é falta do que fazer na vida ou falta de trabalho


As pessoas deprimidas são de várias classes sociais e de diversos tipos de faixa de renda e atividades. Isso quer dizer que a depressão não tem a ver com uma atividade remunerada ou não. Aliás, muitos pacientes são pessoas que trabalham e são provedoras, homens e mulheres


4- Toda mãe tem um instinto maternal inato


O instinto maternal não é inato, depende de fatores hormonais, bioquímicos e emocionais da mulher. Além do mais, todo vínculo humano precisa ser construído e amadurecido.


5- A depressão pós parto é falta de amor pelo filho


Pelo contrário. Não falta amor materno por parte da mulher. A depressão é uma doença mental crônica e incapacitante que afeta o prazer e o bem estar pelas pequenas coisas da vida (apatia). Não ter prazer com a nova rotina e as mudanças na vida não significa não ter amor pelo filho.


6- Depressão vai embora se você sair um pouco, ir mais para a igreja e pensar mais positivo.


Sair de casa, ir para a igreja e pensar positivo não aliviam o sofrimento do depressivo, porque a depressão não é uma tristeza passageira que melhora apenas se distraindo. Apesar da religião ser um fator de bom prognóstico A depressão passa com tratamento medicamentoso, psiquiátrico e psicológico.



7- Com o tempo a depressão passa, basta ter força de vontade


Como dito anteriormente, a depressão é uma doença mental crônica e incapacitante. Isso significa que não passa rapidamente sem tratamento médico e psicológico adequados.



8- Depressão é coisa para mulheres fracas e sensíveis demais.


A depressão afeta todo tipo de pessoa com todo tipo de personalidade, desde as mais fortes até as mais sensíveis. A depressão não escolhe força, nem gênero, nem idade.


9- Toda mãe precisa ser boa e perfeita o tempo todo e para isso precisa ficar com eles o maior tempo do mundo.


Toda mãe deseja ser uma boa mãe para os filhos, mas isso não significa ficar com eles o tempo todo. Muitas mulheres gostam e precisam trabalhar para o sustento da casa, e esse mito acaba gerando ainda mais culpa por ter que deixar os filhos na creche ou babá.


Entenda que o mais importante não é a quantidade de tempo com os filhos que mais importa para eles, mas sim a qualidade do tempo investido com eles é que vai fazer uma grande diferença na vida e na educação das crianças.


10- Uma boa mãe sempre faz tudo sozinha e não precisa de ajuda de ninguém, nem mesmo do marido.


Uma pessoa bem resolvida sabe a hora que consegue fazer algo sozinha e a hora de pedir ajuda para alguém. Isso vale para o trabalho, para os estudos, na família e com o marido e com a maternidade também. Muitas mulheres acabam excluindo o marido ou outros familiares que podem e querem ajudar por quererem fazer tudo sozinhas. É o mito da mulher maravilha.


O grande problema é a sobrecarga de trabalho e atividades, levando ao cansaço, ao estresse e a outros tipos de adoecimento físico e mental.


Os 10 mitos que mais adoecem as novas mães precisam ser debatidos e enfraquecidos por todos os familiares, amigos e profissionais de saúde envolvidos com a maternidade e a paternidade. Vamos juntos criar uma maternidade mais realista e adequada à todos! Bora?!




Texto escrito por Patrícia Machado - psicóloga clínica CRP 01/9368

Para o site Libertá Psicologia - Gama, Distrito Federal











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